Os estudos sobre fibra alimentar (ou fibra dietética) tiveram início em meados de 1885, período em que o componente era considerado sem valor nutritivo na alimentação humana, já que são resistentes a ação de enzimas digestivas. Entretanto, sua presença na alimentação possui grande influência sobre a saúde do intestino, incluindo efeitos sobre a proliferação de bactérias benéficas e patogênicas.

           Analiticamente, alguns cuidados devem ser tomados na determinação de firas. Dependendo das características da amostra com relação ao teor de umidade, gordura e açúcar, deve ser adotado um preparo de amostras focado em facilitar a eficiência do tratamento enzimático.   

Dependendo do tipo de amostra, o preparo de amostras pode variar. Alimentos com alto teor de umidade devem ser, inicialmente, secos em estufa, podendo-se utilizar a Estufa com Circulação e Renovação de Ar, modelo TE-394/1-MP, quantificando-se o teor de umidade para efeito do cálculo final da fibra alimentar.

Alimentos com alto teor de açúcar devem ser tratados, previamente, com álcool por tempo determinado em banho-maria, pode-se utilizar o Banho com Circulação para Determinação de Fibra Alimentar, modelo TE-056-FIB, com posterior filtração. 

Amostras secas que contenham acima de 5% de gordura, é necessário determinar o teor de gordura que será utilizado posteriormente no cálculo final.

             Após o preparo de amostras, estas devem ser submetidas ao tratamento enzimático, onde são adicionados diversos tipos de enzimas individualmente, sendo as amostras colocadas em banho-maria, pode-se utilizar o Banho com Circulação para Determinação de Fibra Alimentar, modelo TE-056-FIB, após a adição de cada enzima. O pH também deve ser ajustado durante o processo, podendo-se utilizar o Medidor de pH, modelo R-TEC-7-MP. 

            Para fibra alimentar total, o volume do hidrolisado obtido no tratamento enzimático deve ser submetido a alguns procedimentos antes de ser filtrado utilizando o Sistema de Filtração para Determinação de Fibra Alimentar, modelo TE-049/1, acoplado a Bomba de vácuo, modelo TE-0581. Após lavagem e secagem do resíduo, é determinado o teor de proteína e cinza nas amostras e na prova em branco, sendo os valores utilizados no cálculo final de fibra alimenta. Para fibra alimentar solúvel e insolúvel, a preparação da amostra e o tratamento enzimático é feito de maneira similar a fibra alimentar total, sendo empregado procedimento distinto após a filtragem.

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