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EQUIPAMENTOS E ANÁLISES REALIZADAS EM UM LABORATÓRIO DE NUTRIÇÃO ANIMAL
nutrição animal
COLETA
DE AMOSTRAS
A
primeira fase para analisar um produto voltado à Nutrição Animal é a coleta das amostras, que deve
ser previamente planejada, pois, se não for realizada de uma forma adequada,
impossibilitará o processo de análise. Depois de realizar a coleta, a amostra
deve ser identificada e acondicionada, de forma a evitar qualquer alteração.
Se necessário, será preciso conservar a uma temperatura menor do que o ambiente (< 25 °C), podendo-se utilizar a Incubadora Refrigerada (TE-381/1) ou a Incubadora (TE-371/240L).
AMOSTRAS SÓLIDAS – Para
o preparo de amostras sólidas, deve-se fragmentar e homogeneizar de acordo com
sua consistência. Para amostras de carnes, pode-se utilizar o Micro Moinho Homogeneizador (TE-645/1); para grãos e alimentos em geral, o Moinho de Rotor Tipo Ciclone (R-TE-651/2);
para folhas secas, raízes e tubérculos, pode-se utilizar o Moinho Super Macro (R-TE-680).
Há ainda os Quarteadores tipo Johnes, que podem ser utilizados para melhorar a homogeneização de amostras de grãos (TE-064) e (TE-066). São indicados também homogeneizadores como os modelos TE-200, que possui formato de “V” e TE-201, que possui formato em “Y”. Ambos são bastante utilizados para amostras em pó ou grânulos.
AMOSTRAS LÍQUIDAS – Para o preparo de amostras líquidas ou com alto teor de umidade, deve-se agitar até sua completa homogeneização, o que pode ser feito com um Agitador Mecânico Alto Torque (TE-039/1) para amostras com maior viscosidade ou com um Agitador Mecânico (TE-139), para amostras com menor viscosidade.
Em seguida, evaporar em equipamento tal qual o Banho-Maria Digital (TE-054-MAG ou TE-056-MAG) e realizar secagem em Estufa com circulação e Renovação de Ar (TE-394/1-MP) ou maiores, de acordo com a necessidade. Após o preparo da amostra, realizam-se, então, as análises.
DETERMINAÇÃO DE UMIDADE
A determinação da umidade é aplicada para produtos e subprodutos de origem animal, vegetal e mineral, rações e concentrados. Corresponde à perda em massa do produto, quando aquecido em condições em que a água e outras substâncias que se volatilizam são removidas por secagem em estufa a 105 °C. O equipamento utilizado pode ser a Estufa com Circulação e Renovação de Ar (TE-394/2-MP) ou um maior, de acordo com a necessidade.
Para pesagem, utiliza-se Balança Analítica (SHI-AUY-220). Após a amostra ser retirada da estufa, deve ser esfriada em equipamento que pode ser o Dessecador a Vácuo TE-3950 ou TE-3950/1, usado juntamente com uma Bomba de Vácuo (TE-0581).
Quando a amostra não suporta temperaturas altas, pode-se utilizar Estufa a Vácuo (TE-395), na qual a temperatura pode ser bastante reduzida (por volta de 70ºC), preservando a amostra e evitando a formação de crostas na superfície, o que dificultaria a evaporação da água.
Desde que seja realizada validação, pode-se utilizar o Medidor Portátil de Umidade em Grãos (DRA-TWISTGRAINPRO) ou o Analisador de Umidade (Shi-MOC-120H), os quais fornecem resultados rápidos.
CINZAS
Produto que se obtém por aquecimento de
uma amostra em temperatura próxima a 550-570°C. As cinzas ou matéria mineral
(MM) representa a riqueza em elementos minerais que permanecem após a queima da
matéria orgânica. Algumas vezes é vantajoso combinar a determinação direta de
umidade e a determinação de cinzas, incinerando o resíduo obtido na
determinação de umidade.
A amostra é pesada em Balança Analítica (SHI-AUY-220), carbonizada em Mufla (W-One) a 550°C, até as cinzas ficarem brancas ou ligeiramente acinzentadas, resfriada em Dessecador TE-3950 ou TE-3950/1 até a temperatura ambiente e pesada novamente em Balança Analítica (SHI-AUY-220).
Caso
seja necessário, pode-se usar previamente uma Chapa Aquecedora (TE-0181) para secar a amostra.
Esses equipamentos também podem ser utilizados para determinação de resíduo
insolúvel em HCL (ácido clorídrico), análise realizada em subprodutos de origem
animal, vegetal e mineral, além de rações e concentrados.
ATIVIDADE DE ÁGUA
A atividade de água (aw) representa intensidade de ligação do líquido essencial com os demais componentes do alimento, sendo o teor de água livre presente no mesmo. Este parâmetro indica o quanto o alimento está predisposto a sofrer alterações, principalmente no que se refere a alterações por microrganismos. É possível utilizar o Analisador de Atividade de Água (NOV-LABTOUCH-BASIC).
Alterações na cor dos alimentos podem indicar falta de padronização ou degradação dos produtos. Desta forma, é importantíssima a utilização de um equipamento que quantifique esta cor, comparando-a com padrões pré-estabelecidos. Para tanto, o Colorímetro modelo (SHE-TEC60CP) é um equipamento bastante versátil, além de portátil, possibilitando esta padronização dos produtos.
PROTEÍNA
BRUTA (PB)
Considerada um dos elementos
de maior impacto na produção animal, a proteína tem diferentes formas de
digestão e absorção entre monogástricos e ruminantes.
A determinação de proteína é
realizada pelo método de Kjeldahl, que determina a matéria nitrogenada total de
uma amostra e estima o teor de proteína por meio de cálculos. O princípio do
método baseia-se em três etapas: digestão, destilação e titulação. Para
digestão, é possível utilizar o bloco digestor micro (TE-040/25 ouTE-041/25) ou macro (TE-008/50-04 ou TE005/50-04), sendo que
para ambos podem ser utilizados com galeria exaustora. Para
neutralização de gases e vapores da digestão pode ser utilizado o Scrubber (TE-152).
Na destilação é utilizado o destilador de nitrogênio (TE-0364 e TE-0365/1) ou o destilador de nitrogênio automático (TE-0366).
EXTRATO ETEREO (EE)
Também chamado de gordura
bruta, compreende a fração do alimento que é insolúvel em água, mas solúvel em
solventes orgânicos, sendo importante para fonte de energia no metabolismo dos
animais.
A determinação do EE é e
realizada utilizando equipamento para a extração a quente com solvente pelo
método de Soxhlet, de extração de modo intermitente, utilizando e a bateria de
extração tipo Sebelin/Soxhlet TE-1881/6, ou equipamento para a extração a
quente com solvente pelo método de Goldfish, de extração de modo contínuo,
utilizando-se o Sistema Para Determinação de Gordura (TE-044-5/50 ouTE-044/8-50). (Há um E-Book exclusivo sobre essa determinação, clique aqui para baixar).
FIBRA BRUTA (FB)
A fibra alimentar representa a fração dos carboidratos
estruturais contidos nos alimentos, que apresentam a digestão lenta ou menos
digestível. A fibra bruta é composta pela celulose, hemicelulose e lignina (composto
fenólico e não carboidrato, associado a parede celular vegetal).
Para a determinação dos teores de fibra bruta- FB, fibra detergente neutro – FDN (hemicelulose, celulose e lignina) e fibra detergente ácido – FDA (celulose e a lignina) é utilizado o Determinador de Fibra (TE-149) , sendo estes termos utilizados para informar a qualidade das forragens, a ingestão da matéria seca, a digestibilidade e o valor nutritivo dos alimentos.
DIGESTIBILIDADE
IN VITRO
Nos
processos de determinações voltadas à Nutrição Animal, a digestibilidade pode
ser definida como a proporção do alimento consumido que é digerida e
metabolizada pelo animal. Para se determinar a digestibilidade das dietas,
foram desenvolvidas técnicas que predissessem, com precisão, o coeficiente de
degradabilidade dos alimentos, através de métodos in vivo, in situ e in
vitro.
A
técnica de digestibilidade in vitro
tem sido utilizada para avaliação de alimentos para ruminantes por apresentar
resultados de forma rápida, menos onerosa, menos invasiva e que apresenta forte
correlação com os resultados de digestibilidade obtidos in vivo.
O princípio das técnicas in vitro é manter amostras de alimento em contato com conteúdo ruminal tamponado em um recipiente onde se tenta reproduzir as condições existentes no rúmen, como: presença de microrganismos, anaerobiose, temperatura e pH. Essa incubação é realizada na incubadora in vitro (TE-150).
DIGESTIBILIDADE EM PEPSINA
A digestibilidade em pepsina é determinada em produtos ou subprodutos de origem animal. Fundamenta-se na digestão da amostra moída, desengordurada e seca, a qual é pesada em balança analítica (SHI-AUY-220) e deixada em agitação constante e incubação em frascos contendo solução de pepsina e de ácido clorídrico em Estufa para Digestibilidade em Pepsina (TE-029).
Após
o tempo necessário, é realizada a filtração, sendo que o papel filtro
juntamente com os resíduos são colocados em tubos de digestão para se realizar
o mesmo procedimento para determinação de proteína bruta. Saiba mais sobre essa
análise no artigo exclusivo de digestibilidade em pepsina clicando aqui.
A análise bromatológica avalia a composição dos alimentos ou rações, fornecendo suas frações nutritivas. Neste contexto, o crescente avanço no conhecimento da composição nutricional dos alimentos e das metodologias de análise é essencial para atender as exigências nutricionais dos animais em cada fase do ciclo, visando o seu máximo desempenho. Conheça em detalhes essas análises por meio do e-book exclusivo Tecnal que preparamos sobre o tema.
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Tecnal tem como missão contribuir para o desenvolvimento científico,
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